Não foi desta vez! Para os que esperavam a chegada do Polo europeu – aquele com design digno de elogios -, restam apenas as lamentações. A Volkswagen apresentou na sexta-feira (15) em São Paulo, com poucas modificações estéticas e nenhuma inovação mecânica ou inovação tecnológica, a linha 2012 do modelo que por aqui é fabricado desde 2002 e que de lá para cá pouco mudou.
Polo 2012 ganhou nova grade do radiador com dois filetes cromados (Foto: Marcelo Monegato / G1)
Com preços iniciais de R$ 44.390 na versão hatch e R$ 47.770 na sedã, a montadora de origem alemã aposta em versões um pouco mais recheadas – com mais equipamentos de série – para melhorar as vendas. No primeiro semestre deste ano, de acordo com a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), foram emplacadas 4.560 unidades do hatch – 11.413 menos que o arquirrival Fiat Punto e 773 abaixo do chinês JAC J3. O três-volumes, por sua vez, apresentou número pouco menos decepcionante, 6.262 unidades vendidas.
Todas as configurações oferecem de série ar-condicionado, direção hidráulica, sensor de estacionamento traseiro, airbag duplo e freios com ABS (antitravamento). As motorizações continuam as mesmas, 1.6 Total Flex de até 104 cavalos de potência e 15,6 mkgf de torque – com opção de transmissão manual ou automatizada (i-Motion) de cinco velocidades – , e 2.0 Total Flex de 120 cv e torque de 17,3 mkgf – apenas com opção manual.
A gama de configurações também apresenta novidades de reposicionamento no modelo hatch – na sedã continuam as mesmas versões. A opção GT, por exemplo, desapareceu. A Sportline, que antes era ofertada apenas com bloco 1.6, agora também está disponível com propulsor 2.0. O Polo E-Flex, com sistema de partida a frio que dispensava o uso do tanquinho de gasolina no motor, também foi ‘aposentado’. No entanto, a tecnologia foi transferida para o Polo Bluemotion.
Na traseira, para-choque é novo e as lanternas foram escurecidas (Foto: Marcelo Monegato / G1)
Painel de instrumentos tem nova serigrafia
(Foto: Divulgação)
Avaliação
O G1 avaliou a versão Sportline 1.6 com transmissão automatizada i-Motion e, na sequência, a configuração manual. No trajeto localizado na região do Campo de Marte, Zona Norte da capital paulista, o Polo mostrou que continua o mesmo: prazeroso ao volante.
O G1 avaliou a versão Sportline 1.6 com transmissão automatizada i-Motion e, na sequência, a configuração manual. No trajeto localizado na região do Campo de Marte, Zona Norte da capital paulista, o Polo mostrou que continua o mesmo: prazeroso ao volante.
No entanto, a primeira sensação ao testar o modelo é de uma certa decepção. Analisando o hatch por fora, as mudanças foram poucas e muito discretas. Com novo para-choque, a dianteira se destaca pela grade do radiador com dois filetes metálicos (inspirados no Jetta) e os faróis escurecidos. Na lateral – além das rodas de liga leve de 15 polegadas -, um aplique no rodapé das portas chama a atenção. Na traseira – assim como na dianteira -, as lanternas foram escurecidas e o para-choque retrabalhado. Nada mais.
Por dentro, o Polo mantém caprichado. Na configuração com câmbio ‘robotizado‘, os bancos e o painel das portas eram revestidos em couro. Já na manual, tecido. Em ambas as peças plásticas não apresentavam rebarbas e estavam muito bem encaixadas – características do Polo anterior. Ponto positivo para o teto revestido com tecido preto e para o painel de instrumentos com novo visual e iluminação. Na parte central do painel , onde estão os comandos do som e do ar-condicionado, a peça é da cor cinza – substituindo o preto.
Rodapé das portas tem um aplique na versão Sportline (Foto: Marcelo Monegato / G1)
Rodando
Com regulagens manuais de altura do banco do motorista e de profundidade e altura da coluna de direção, é fácil encontrar uma boa posição ao volante. Os comandos estão todos no alcance do motorista e a visualização das informações – inclusive das transmitidas pelo computador de bordo no centro do painel de instrumentos – é fácil.
Com regulagens manuais de altura do banco do motorista e de profundidade e altura da coluna de direção, é fácil encontrar uma boa posição ao volante. Os comandos estão todos no alcance do motorista e a visualização das informações – inclusive das transmitidas pelo computador de bordo no centro do painel de instrumentos – é fácil.
Polo 2012 mantém a dirigibilidade da versão anterior (Foto: Marcelo Monegato / G1)
Com câmbio i-Motion, as acelerações são mais lentas e as retomadas demoradas, mesmo com o torque entregue a 2.500 rpm. As trocas de marchas ainda são ligeiramente incômodas, apesar de o sistema da Volkswagen ser melhor que o da Fiat (Dualogic) ou da Chevrolet (Easytronic). Agrada a possibilidade de trocas pela manopla ou mesmo pelas aletas (borboletas) atrás do volante. Na versão manual, porém, a tocada é mais divertida. Com encaixes fáceis e precisos, a transmissão deixa o Polo um carro prazeroso ao volante.
A suspensão firme garante a boa dirigibilidade. Mesmo abusando na entrada de uma curva, a rigidez do conjunto faz com que o condutor se sinta seguro.
Porta-malas do Polo tem capacidade para 250 litros (Foto: Marcelo Monegato / G1)
O Polo continua sendo um bom carro ao volante e, para alguns, charmoso – mesmo defasado em relação ao modelo da Europa. No entanto, pelo fato de o Brasil estar entre os maiores mercados automotivos do mundo e representar uma fatia importante das vendas da Volkswagen, talvez o mais justo fosse algo além de um 'tapa no visual'.
Fonte: http://g1.globo.com/carros
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