quinta-feira, 29 de abril de 2010

Noite dos conversíveis no Auto Show Collection

Nesta terça-feira, o Auto Show Collection comemorou oito anos de existência, e levou para a pista os carros conversíveis de várias épocas e estilos. Desde 2002, mais de 350 eventos foram organizados no Anhembi, com público estimado em 3,5 milhões de pessoas nestes últimos oito anos. Mesmo com tempo nublado, típico de outono, o público encheu as arquibancadas do Sambódromo para ver estes carros tão incríveis:
O primeiro automóvel a cruzar a pista foi um Corcorde, fabricado na década de 1970, modelo nacional que é na verdade uma réplica de roadster, montado sobre chassi e mecânica do Ford Galaxie. O estilo clássico com dianteira imponente remonta o estilo adotado pelos Duesemberg e Cord, modelos de luxo dos anos 1930.
Em seguida, foi a vez do Bel Air 1956, com um dos desenhos mais tradicionais da época de ouro da indústria automotiva. Com linhas curvas e clássica combinação do vermelho com branco e capotaremovível, o Bel Air era um modelo intermediário na linha Chevrolet.
Para quem gosta de esportivo compacto,  o evento teve dois modelos incríveis que eram sucesso entre os jovens da década de 1970. O MP Lafer vermelho, em excepecional estado de conservação, recebeu elogios. Fábio Pagoto, que comentava a história e o contexto de cada modelo, destacou que os MP´s eram fruto de um projeto desenvolvido pelo empresário Percival Lafer, que apresentou um veículo esportivo inspirado nos MG ingleses, de carroceria de fibra, sobre mecânica VW, no Salão do Automóvel de 1974.
A  seguir, um Puma GT Spyder, também com carroceria de fibra e mecânica VW 1600, desfilou na pista. Pagoto destacou que o estilo do Puma era contemporâneo, diferente dos MP Lafer, apesar do mesmo conjunto mecânico.
O Dodge Coronet 1965 era um conversível de linhas mais retas, a robusta e potente mecânica Chrylser. Este carro tinha nada menos do que oito opções de motores disponíveis na época; desde o Slant Six (seis cilindros em linha) 225 de 3,7 litros ao V8 440 Magnum de 7,2 litros.
Depois dele, outro legítimo ianque: um Pontiac Bonneville azul 1964, na melhor forma dos full size conversíveis, com o motor V8 421 de 6,4 litros. O mais interessante além das linhas retas do automóvel é sua extensa lista de opcionais que vão desde ar condicionado, aquecimento, piloto automático até a capota com acionamento elétrico.
Os fãs dos Hot Rods foram ao delírio ao ver o lindo modelo vermelho acelerando na pista do Sambódromo. O carro customizado traz motor V8 350 usado no Corvette, além de rodas esportivas, suspensão especialmente dimensionada para pista, além de acessórios de época.
O Farus 1986 desfilou representando a Sociedade Feminina de Autos Antigos (SFAA), sempre presente nos eventos de antigomobilismo pelo Brasil. O modelo é um dos 252 fabricados durante a década de 1980 e traz linhas retas, farois escamoteáveis e um estilo que foi admirado nestes tempos em que a importação de veículos importados era proibida.
Dois Mustang, um 1991 preto, e outro 1996 representaram dois estilos diferentes de um mesmo lendário puro sangue. O primeiro modelo tem linhas retilíneas, num tempo em que as vendas do carro foram superadas pelos concorrentes Camaro e Corvette, da GM. O outro, 1996, incorpora  a beleza do estilo esportivo com inspiração nos clássicos, este sim um sucesso de vendas.
Para finalizar, dois nobres italianos Alfa Romeo exibiram a linhagem do Quadrifoglio, símbolo da marca. O primeiro era um Alfa 2600 1968, e outro, o premiado Alfa Spyder 1996, desenhado pelo estúdio Pininfarina.

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