segunda-feira, 2 de maio de 2011

ATUALIDADE - Carros com painel computadorizado podem ser desafio para os motoristas

As inovações tecnológicas cada vez mais presentes nos carros têm como objetivo oferecer conforto e praticidade aos motoristas. Mas dirigir um automóvel sofisticado pode ser mais difícil do que dá a entender a indústria automobilística. O editor de tecnologia do New York Times, Sam Grobart, que o diga.
Ele testou três modelos de automóveis com recursos inovadores nos painéis e teve algumas dificuldades. Com um Audi A8, que reconhece comandos de voz, precisou falar alto e claro para se fazer entender.

“O Salão Internacional do Automóvel de Nova York já começou e muitos carros que estão expostos fazem de tudo, desde uma reserva para jantar até ler suas mensagens de texto. Para isso, é preciso muito mais do que alguns botões no painel”, explica.

Grobart testou um Acura ZDX, que usa a tática de muitos botões. São 12 só no volante e mais algumas dúzias no painel. Segundo o jornalista, a vantagem de carros com painel convencional é que já se sabe onde estão os botões e para que servem. Por isso, ele achou confuso o painel do Acura ZDX.

No novo Focus, a Ford implementou o sistema MyFord Touch, que tenta despoluir o painel e deixá-lo parecido com um smartphone. O principal diferencial é a tela sensível ao toque, mas Grobart testou e constatou alguns problemas para o motorista.
“Imagine que eu queira ligar o rádio usando esse touchscreen. Tenho que esticar o braço, mas não posso usar o tato porque o touchscreen é totalmente plano e não sei se liguei o rádio. Será que acertei o botão?”, exemplifica. Segundo Grobart, tentar acertar uma tela assim a 80km/h pode ser enervante.


No Audi A8, ele encontrou um sistema que considerou mais inovador e combina um controle físico e um touchpad exclusivo. “É perfeito para um carro que custa quase US$ 100 mil. Posso selecionar as letras girando e clicando o botão ou desenhá-las”, diz, enquanto escreve W A L e o computador completa com sugestões como “Wall Street”.

Mesmo assim, o jornalista disse que não ficaria à vontade com nenhum desses sistemas se estivesse em uma estrada, em alta velocidade. Ao concluir sua avaliação, Sam Grobart considerou mais fácil e seguro falar com o carro para comandá-lo, mas fez uma ressalva: “Usar carros com sistemas assim implica em aprender um idioma totalmente novo”, exagera.

Fonte: http://g1.globo.com/carros

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