terça-feira, 30 de março de 2010

Fusca alemão é raro entre modelos nacionais

O Fusca tem DNA alemão. O projeto surgiu na década de 30, com o apoio do ditador Adolf Hitler. Depois de uma produção voltada para o uso bélico em diversas versões, o Volkswagen teve as primeiras unidades para comercialização a civis concluídas em 1945, logo após o término da II Guerra Mundial. Em 1946, mais de 10 mil unidades foram fabricadas e em 1949 já seriam 25 mil por ano. Na Alemanha, o besouro fez sucesso desde cedo, fruto de um projeto racional para um carro econômico, barato e muito robusto.
Estes modelos são raros por aqui, mas no Auto Show Collection, encontrar um modelo germânico é possível. Fotografamos um carro fabricado em 1952, raríssimo até mesmo em seu país de origem.
 
Nesta época, o Fusca era um carro de grande sucesso na Alemanha e em alguns países europeus, para os quais era exportado. A versão 1952 das fotos é do tipo exportação, destinada a outros mercados e que traz alguns diferenciais bem interessantes.
 
A pintura destes carros recebia mais brilho e alguns pequenos detalhes cromados que valorizavam o carro. O acabamento interno com o tecido do tipo "canelado" também era bonito, e resistente: no carro que fotografamos, ao menos o estofamento é original. Outro detalhe dos modelos para exportação era a caixa de ferramentas no formato de uma calota, que era vendida como um acessório, e que cabia no espaço do estepe, dentro do porta-malas.                                                        
Neste simpático Fusca, os amortecedores telescópicos eram novidade, bem como a segunda, a terceira e a quarta marcha sincronizadas, os frisos cromados dos vidros, rodas 4X15 pol., e o brasão de Wolsfsburg estampado na parte dianteira. Também tinha um termostato para indicar aquecimento excessivo no motor e freios hidráulicos mais seguros.
O motor desta versão era o boxer 1.131 cc, que desenvolvia 26 cavalos. Apesar do desempenho fraco, o modelo tem direção leve por conta da tração traseira, sem contar com o charme das linhas arredondadas deste besouro alemão.
Este é o último ano da janela cortada, a split window, e também ausentes de quebra-ventos, detalhes tão cobiçados pelos colecionadores de carros antigos. Também é o primeiro ano em que o porta-luvas ganhou uma tampa no mesmo padrão de acabamento claro do painel.
Na lateral dianteira direita, junto ao pára-lamas, uma tomada de ar que ajuda a resfriar o interior do carro, detalhe que não é exclusivo dos modelos de luxo ou de exportação.

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