quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Fiat Spazio e Oggi: maturidade para o 147

O "pequeno notável", apelido dado pela própria Fiat ao modelo 147 precisava se modernizar na virada dos anos 1980 para enfrentar seus novos concorrentes como o Volkswagen Gol e o Corcel II. Para vender mais, precisava oferecer mais opcionais e se diferenciar, ainda que o projeto de carro fosse o mesmo. Afinal, o Fiat 147 era um produto de alta tecnologia na época, com motor transversal e também o primeiro carro nacional movido a álcool. Ainda assim, tinha fama de frágil e seu câmbio áspero era fonte de problemas.



Por isso, a versão Spazio chegou em 1983 para renovar a linha e posicionar o modelo 147 entre os compactos de melhor acabamento. A dianteira era diferente com faróis maiores, uma nova grade com quatro barras inclinadas (símbolo internacional da Fiat), para-choques envolventes, repetidores de setas, lanternas maiores de poliuretano e vidro traseiro maior para melhorar a visão do motorista.



O Spazio vinha com o motor 1300 já conhecido na linha, porém com câmbio de cinco marchas, que era um opcional muito desejado na época. Também teve a versão CSS, com motor 1,4 litros que também equipou as versões de corrida da Copa Fiat. Usando a mesma base da perua Panorama, chegava alguns meses depois o Oggi, um pequeno e simpático sedan com generoso porta malas e o mesmo acabamento do Spazio.



Apesar do grande porta-malas de 440 litros, o consumidor não recebeu bem o estilo retilíneo da parte traseira do Oggi, que não combinava com a grade dianteira e com as linhas do carro. O painel também merecia elogios, com instrumentos bem organizados. Na parte central, luzes espia e marcador de temperatura. Nas laterais, controle de ventilação, desembaçador e acendedor de cigarros, console e porta objetos, tudo bem distribuído.



Mas as inovações chegavam tarde demais, e a concorrência avançava a passos rápidos. O Uno chegaria em 1984, e tiraria boa parte das intenções de compra do Spazio, Oggi e da perua Panorama. Em 1985, apenas dois anos depois, os dois modelos deixaram de ser produzidos. No ano seguinte, o último derivado do Fiat 147, a perua Panorama deixaria as linhas de montagem da marca italiana em Betim, Minas Gerais.

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