sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Volkswagen Brasília

O Brasília foi um dos primeiros Volkswagen a ser projetado e construído fora da matriz alemã (O também brasileiro SP2, de 1972, foi o primeiro). O então presidente da Volkswagen do Brasil, Rudolph Leidig, inspirado pelo SP2, desafiou os engenheiros da marca a produzir uma nova versão do Fusca, porém adaptado ao mercado nacional. O modelo deveria oferecer mais espaço, deveria utilizar a mesma mecânica, porém deveria parecer mais contemporâneo. Após uma série de protótipos, finalmente José Vicente Martins e Márcio Piancastelli apresentaram o conceito do que seria o modelo final. Semelhante à uma "mini-Variant", com uma versão modernizada da dianteira dess veículo, era 17 centímetros menor do que o Fusca, porém com o mesmo entre-eixos, maior espaço interno, ampla área frontal envidraçada, satisfatório porta-malas dianteiro e uma prática tampa hatchback para o porta-malas traseiro.

Quando este modelo alcançou a fase de testes, um repórter conseguiu fotografar alguns modelos em ruas próximas à fábrica. Os seguranças tentaram afastá-lo, e quando falharam, decidiram atirar contra seu carro. O incidente causou alguma comoção na imprensa nacional, levando a Volkswagen a se desculpar publicamente. Entretanto a notícia alavancou a venda da revista que comprou as fotos (Quatro Rodas, e ajudou a carreira do repórter free-lancer (Cláudio Larangeira), que seria imediatamente contratado pela revista.[1].

O novo veículo foi apresentado ao público em Junho de 1973, apenas um mês depois do lançamento de seu principal concorrente, o Chevrolet Chevette.

Embora seja muito semelhante a outros modelos, tais como a Volkswagen Variant e o TL, a plataforma era na verdade a mesma do Fusca, com o mesmo motor boxer montado na traseira e refrigeração a ar.

Diferente do Fusca (que na época era vendido com motorizações de 1300 ou 1500 centímetros cúbicos de cilindrada), o Brasília era oferecido somente com motor 1600 cilindradas, assim como o VW 1600 - apelidado "Zé do Caixão" - e a Variant. No ano de seu lançamento, 1973, este motor 1600 do Brasilia era alimentado por um único carburador modelo Solex 30, gerando 60cv de potência. Muitos motoristas porém exigiam melhor desempenho e economia do Brasília. A resposta da Volkswagen foi o lançamento do motor 1600 alimentado por dois carburadores modelo Solex 32, no ano de 1976. O carro agora tinha 65cv de potência, com mais torque e economia de combustível. Pelo sucesso alcançado, esta viria a ser a motorização predominante do Brasília nos anos seguintes de produção. No ano de 1980 foi lançada uma versão com motor 1300, exclusiva porém dos veículos movidos à álcool combustível. No entanto, devido ao baixo desempenho e alto consumo de combustível deste motor no Brasília, a versão movida à álcool foi um fracasso de vendas, permanecendo o motor 1600 a gasolina como o mais procurado.

As primeiras versões do Brasília possuíam acabamento interno com materiais simples, porém bem feito. Apenas em 1977 surgiria pela primeira vez a opção de um revestimento interno mais luxuoso e confortável, chamado de acabamento "unicromático". Este acabamento era disponível nas cores preto e marrom, combinando teto, revestimenos laterais, piso e bancos em degradês de uma mesma cor. O piso das versões unicromáticas era de material acarpetado.

Em 1978 era feito o primeiro face-lift na trajetória do Brasília. As mudanças porém foram discretas. Os delgados parachoques de cantos arredondados passaram a ser mais robustos com cantoneiras plásticas de formato retangular, o capô dianteiro ganhava dois vincos longitudinais estampados, e as lanternas traseiras recebiam uma nova superfície plástica estriada, semelhante à dos veículos Mercedes-Benz. No entanto, alguns pontos falhos da estética, como a grade metálica que cobria o silencioso do escapamento na parte traseira do veículo, permaneciam inalterados.

Em 1979 surgiu a versão "LS", a de maior luxo na história do Brasília, oferecendo pela primeira vez apoios de cabeça nos bancos dianteiros, além de detalhes de acabamento externos exclusivos como frisos laterais, apliques emborrachados nas lâminas dos parachoques e novas cores metálicas. Também foram oferecidos equipamentos extras como desembaçador elétrico do vidro traseiro.

Como seria a nossa Nova Brasília?

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