segunda-feira, 13 de julho de 2009

O eterno topo-de-linha

O Ford Galaxie foi um automóvel fabricado pela Ford no Brasil de 1967 a 1983. Tratava-se de um modelo sedan luxuoso, contando inclusive com ar condicionado e direção hidráulica já no fim da década de 1960, itens considerados opcionais até hoje em muitos carros. Eleito pela Revista Autoesporte o Carro do Ano de 1967.

Década de 1960

O Galaxie chegou no ano de 1967, com a versão 500, era um sonho de consumo, tinha um motor v8 de 164 hp, 4,5 litros (4.458 cm³) e pesava 1780 quilos. Com o motor 272 ele alcançava mais de 160km/h (muito para a época). Ele tinha bastante força e era uma usina de torque ele podia sair de 0km/h na última marcha (o câmbio era de três marchas na coluna) em uma leve subida. Nessa edição "Galaxie 500" contava com 5,33 metros, tinha aplique de madeira no painel, suspensão e bancos (mais considerados sofás) muito macios.

Em 1969, foi lançada a versão LTD do Galaxie, muitíssimo luxuosa, com acabamento do painel e das portas em couro, ar-condicionado e câmbio automático (hidramático, como chamado na época), etc. Para essa versão, passava a ser oferecido o novo motor 292 de 4,8 litros (4.785 cm³) e 190 hp. Já no ano seguinte esse motor passaria a ser um opcional também para a versão Galaxie 500.

Década de 1970

Em 1970 , a Dodge lançou o Dart, e a GM o Opala Gran Luxo, que representavam uma ameaça para o Galaxie, então a Ford começou a fabricar uma versão mais luxuosa que o LTD, o Landau. Apresentado na linha 71, ele oferecia teto de vinil, suspensão mais macia ainda, vigia traseiro menor, mais forrações para o interior, etc. Era de longe o carro nacional mais requintado.

Em 1972, começou a ser oferecido freio a disco dianteiro, porque não era fácil frear o carro com freios a tambor. Em 1973, ganhou nova grade, teve a traseira redesenhada, novas calotas, frisos redesenhados. Em 1974 e 1975 não houve maiores mudanças.

Para a linha 1976, o Galaxie passou por diversas mudanças estéticas. Os faróis passavam a ser horizontais, assim como as lanternas traseiras, divididas em 6 segmentos, 3 de cada
lado (mantendo a característica dos piscas sempre funcionando nas luzes de freio). Já as luzes de marcha-à-ré, localizadas no pára-choque desde a linha 1971, permaneceram mantidas neste local até à linha 1980. Passou a ter tecidos mais finos como o veludo ingles e casimira francesa, também passou a ter carpete de altíssima qualidade. Além de todas essas mudanças ele ganhou um novo motor, o 302 americano, que foi erroneamente apelidado de canadense por ele ser exportado para o Brasil pela Ford Motor Company via Canadá, (que já equipava o Ford Maverick), trazendo grandes mudanças ao carro: 5,0 litros (4.950 cm³), que geravam 197 hp, e sua velocidade final era de cerca de 169km/h. No modelo 1977 a taxa de compressão foi levemente aumentada, passando a desenvolver 199 hp.

Em 1978 toda a linha recebia novo volante, de 4 raios, além de novo padrão de estofamento e interior para o Landau. Em 1979, o galaxie 500 saiu de linha e sobrou só o LTD e o Landau. Nesse mesmo ano o ar-condicionado passou a ser integrado ao painel.

Década de 1980

Em 1980 era lançada a versão movida a álcool, que passou a partir daí a reponder pela maioria das vendas. Fez um relativo sucesso, com 67% das vendas em 1982.

Em 1981, o LTD também saia de linha, permanecendo só o Landau. Neste ano-modelo as luzes de ré passaram a ser integradas às lanternas traseiras. O Landau continuou fazendo sucesso, sendo o carro oficial da presidência, de muitas personalidades e da elite brasileira. Também nesse ano foi feita a primeira limusine Landau com 6,35m.

Em 1983 o Galaxie saiu de linha, totalizando 77.850 unidades produzidas. A partir daí, com o agravamento da crise do petróleo, diminui a procura pelos sedans grandes, enormes e pesados dos anos 60 e 70, como o próprio Galaxie, o Dodge Dart, Chevrolet Opala, Aero Willys e Simca Chambord. A nova tendência foi dos tops de luxo dos anos 80, como: Diplomata 4.1 (a nova versão de topo do Opala) e o Alfa Romeo 2300 Ti.

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